terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Clube do Filme (David Gilmour)

Antes de mais nada, o David Gilmour que escreveu este livro não é o guitarrista do Pink Floyd, mas um crítico de cinema canadense com paixão por filmes, amor pelo filho e culhões do tamanho de melões.

David Gilmour, percebendo que o filho não se interessava pela escola e corria o risco de se meter em confusão, faz uma proposta mais do que ousada: você pode largar a escola se assistir a pelo menos três filmes por semana comigo e não usar drogas.

A partir daí seguem-se momentos difíceis na vida do filho e sua relação com as mulheres, o relacionamento entre os dois se transforma e nos lembramos de filmes e mais filmes maravilhosos.

Para quem gosta de cinema, para quem é pai e para quem admira pessoas que se arriscam e decidem pelo caminho menos convencional, é um belo livro.

Eu provavelmente não faria as escolhas de David e nem teria sua paciência e compreensão, mas uma coisa que temos em comum é que adorei quase todos os filmes que ele mencionou (os que assisti, é claro) e fiquei com muita vontade de rever muitos deles e de conhecer alguns novos.

Estou feliz de ter lido. Obrigado, Werner, meu irmão, que o deu de presente para mim.

domingo, 20 de novembro de 2011

Um Dia (David Nicholls)

O que faz de um livro um "grande livro"? O fato de ser um clássico? O tempo em que ele fica na sua memória? Os personagens com os quais você se identifica? As frases que te marcam? O fato de não querer parar de ler? A originalidade, a ousadia, a atemporalidade?

Um Dia, de David Nicholls, é um excelente livro em alguns dos quesitos acima e, não estranhamente, um best-seller.

É impossível parar de ler, os personagens são muito próximos e se não é original, ousado ou atemporal, fala de coisas que todos já sentimos em um ou outro grau.

São 410 páginas que não deixam a peteca cair e fazem a gente querer mais a cada parágrafo. Não sei se ainda lembrarei dele daqui a dois anos, mas um livro não precisa ser eterno na memória da gente. Ele pode ser um momento bom, uma passagem agradável, algo que valeu a pena mesmo que não mude sua vida.

Um Dia é bem isso, uma experiência talvez corriqueira, mas definitivamente recomendável.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Fera na Selva (Henry James)

Parece que eu e Henry James definitivamente não fomos feitos um para o outro. Tudo isso porque acabo de ler A Fera na Selva e posso dizer que achei chatíssimo. Foram 80 páginas que se arrastaram pra mim.

Obviamente a culpa deve ser da minha própria ignorância, já que não consegui compreender qual o apelo de um cara que passa a vida com a certeza de que algo vai inevitavelmente lhe acontecer, divide esse segredo com uma mulher e a partir daí, após uma espera excruciante, acontece o óbvio no final.

Talvez você goste, afinal, é Henry James... eu detestei.

domingo, 13 de novembro de 2011

The Beatles - A História Por Trás De todas As Canções (Steve Turner)

Sejamos simples e diretos: você é beatlemaníaco daquele tipo que já leu absolutamente tudo sobre os Fab Four? Provavelmente esse livro vai acrescentar muito pouco a você.

Você não liga pros Beatles? Esse livro não tem o menor interesse para você.

Você curte Beatles, mas não é obcecado e adora uma curiosidade? Esse livro vai ser uma belíssima diversão.

Eu gostei bastante, mas pertenço ao terceiro perfil e por isso admito que não é uma obra interessante para qualquer um e nem indico de olhos fechados a quem eu não conheça muito bem.

Agora, se você se encaixa na minha descrição de leitor típico dessa obra, compre sem medo. Vai valer a pena.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Trilogia de Nova York (Paul Auster)

Este é o primeiro livro de Paul Auster que leio, embora já tivesse ficado muito impressionado com o autor, entre outras coisas, por seus brilhantes roteiros dos belíssimos filmes Cortina de Fumaça e Sem Fôlego.

A Trilogia de Nova York é composta por três histórias diferentes, mas que são essencialmente a mesma. Históprias policiais escritas por um filósofo, pode-se dizer.

Sempre buscas sem motivos e que levam a descobertas muito maiores sobre quem procura do que sobre quem é procurado. A fantasia e o real se misturam nas tramas e o resultado são textos que prenunciam um certo rumo, mas pegam desvios inusitados quase sempre para lugar algum.

É um livro muitíssimo interessante, com estilos diferentes em cada história, e que requer atenção para ser lido, o que eu considero uma coisa ótima.

Não é uma obra-prima, mas é uma ótima leitura.