quinta-feira, 26 de abril de 2012

Expedição ao Inverno (Aharon Appelfeld)



Quando Bruno Golgher, do Café com Letras, me indicou Expedição ao Inverno, comentou que mesmo os maiors dramas eram contados com uma suavidade impressionante por Aharon Appelfeld. É verdade e ´´e o traço mais marcante deste livro.

A história de uma pequena comunidade judaica nas montanhas dos Cárpatos e seus dramas cotidianos é a base de uma história que se torna mais complexa com a proximidade do avanço de Hitler.

O protagonista, Kuti, um jovem órfão com dificuldades de fala, se relaciona com a madastra, o chefe no hotel, o homem milagrosos e outras personagens sempre refletindo sobre o futuro e o passado. Uma narrativa leve, de ritmo tranquilo, que passa por dramas, pequenas vitórias e grandes expectativas quase sem causar espanto ao leitor.

Um belo livro que, embora não seja de tirar o fôlego, proporciona momentos muito prazerosos.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Queen (Phil Sutcliffe)


É leitura de fã? Claro que é. Tem interesse para qualquer pessoa que curta Queen? Claro que não. Ainda assim vou falar, como fã, sobre este livro que acabei de ler ontem.

Que bacana é ver tantas fotos, tantas curiosidades históricas sobre sua banda favorita.

Um grupo controvertido que tinha questões difíceis quanto à remuneração dos próprios membros e que esteve diante de situações complexas na África do Sul e mesmo no Brasil. Até mesmo o triste e doloroso final de vida de Freddie Mercury é controverso por seu silêncio que pode ser encarado como coragem ou covardia conforme o ponto de vista.

Não é tanto literatura, mas é um relato jornalístico, um exercício de memória excelente para os fãs da banda.

domingo, 8 de abril de 2012

La Ley de la Ferocidad (Pablo Ramos)


Pablo Ramos escreveu um livro poderoso. A indicação que recebi em Buenos Aires valeu e a obra que parte da morte de um pai incapaz de compreender e impossível de ser compreendido por um de seus filhos é simplesmente arrebatadora.

A trajetória de Gabriel por drogas, prostitutas, o passado e sua família nos leva a cenas de imensa dor, humor e beleza. Uma pessoa que faz da autodestruição o seu cotidiano e magoa a todos de forma quase automática.

Tirando a "bruxa" Sara, que me pareceu meio forçada, o resto dos personagens é convincente mesmo quando duram poucas linhas.

Um livro altamente recomendável, pesado e leve ao mesmo tempo, daqueles que não permite ao leitor deixá-lo por mais de algumas horas ou lê-lo com indiferença.