segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Manual do pai solteiro (Aggeo Simões)



Custei, mas li o livro do meu amigo Aggeo Simões que fala sobre as agruras, aventuras e belezuras de ser pai e solteiro.

Mesmo não estando 100% no público-alvo original da obra, gostei muitíssimo e acho, inclusive que muitas dicas servem otimamente para pais casados e até para solteiros sem filhos.

Leve mesmo quando fala de temas sérios, o Manual do Pai Solteiro é daqueles que se lê em uma sentada e que deixa uma sensação boa de termos aproveitado algo feito com absoluto carinho.

Cada homem é uma raça (Mia Couto)



Este livro de contos é quase uma tese sobre como seria a literatura Rosiana se o velho João Guimarães houvesse nascido em Moçambique e não em Minas.

Exagero meu? Claro que sim. Mas é bastante grande o prazer de ver Mia Couto revigorando e reinventando o português a partir de uma realidade africana. As histórias, algumas de um realismo fantástico e outras muitíssimo humanas compõem um livro delicioso de ler e saborear, descobrindo pequenas maravilhas em certas frases.

Leitura recomendadíssima de um autor que é preciso descobrir mais.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O filho de mil homens (Valter Hugo Mãe)



O cara escreveu "A Máquina de Fazer Espanhóis". Bastaria. Mas ele escreveu também esse primor que é "O Filho de Mil Homens" e eu agradeço penhorado.

Valter Hugo Mãe foi por um caminho que eu não esperava, com menos humor e mais otimismo (parece contraditório?) do que na "Máquina", mas com a mesma prosa poética e belíssima que faz a gente ficar esperando a próxima linha.

É um livro sobre solitários que se amalgamam, se completam e preenchem seus vazios muitas vezes tão absurdos e violentos.

Histórias que tinham tudo para dar errado, finais de linha, pessoas a ponto de desistir, de pular, de sumir e a beleza dos novos começos, de gente que muda mundos com um ato.

Outro livraço de um grande autor.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

My Bloody Roots (Max Cavalera)



Indo direto ao ponto: é livro pra metaleiro. Se você não é fã de Sepultura como eu sou, nem se importe em ler.

"My Bloody Roots" não passa de um grande depoimento de Max Cavalera sobre sua história, sua bebedeira, sua relação com a banda. Nada de muito novo e tudo muito com um ponto de vista único, já que não se ouve o outro lado.

Repito, se não for fã, é bobagem chegar perto, porque não é bem escrito, surpreendente ou instigante. Vale para os fãs. E mesmo assim com ressalvas de que falta mesmo um olhar imparcial sobre a coisa toda.