quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O filho de mil homens (Valter Hugo Mãe)



O cara escreveu "A Máquina de Fazer Espanhóis". Bastaria. Mas ele escreveu também esse primor que é "O Filho de Mil Homens" e eu agradeço penhorado.

Valter Hugo Mãe foi por um caminho que eu não esperava, com menos humor e mais otimismo (parece contraditório?) do que na "Máquina", mas com a mesma prosa poética e belíssima que faz a gente ficar esperando a próxima linha.

É um livro sobre solitários que se amalgamam, se completam e preenchem seus vazios muitas vezes tão absurdos e violentos.

Histórias que tinham tudo para dar errado, finais de linha, pessoas a ponto de desistir, de pular, de sumir e a beleza dos novos começos, de gente que muda mundos com um ato.

Outro livraço de um grande autor.

2 comentários:

  1. Li o livro inspirado por seu post. Tinha amado "A Máquina de Fazer Espanhóis", mas confesso que não botava tanta fé neste. Sua resenha é certeira: história de pessoas sem perspectivas que se reinventam de uma maneira surpreendente. No meio disso tudo, frases e passagens memoráveis de um artesão da língua portuguesa.

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    1. E são dois livros completamente diferentes até mesmo na visão de mundo e nas sensações que passam, Bruno, mas nunca deixam de ter a marca do Mãe.

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