domingo, 15 de janeiro de 2012

Memória de Minhas Putas Tristes (Gabriel García Márquez)

Depois de Stevenson, García Márquez em ótima forma. Sem trocadilhos, que puta livro.

Um relato triste que tem algo de O Amor Nos Tempos do Cólera no que tange à velhice, mas que fala também sobre a possibilidade sempre quieta de reinventar-se, redescobrir-se, surpreender-se e de quanto o tempo é insignificante diante disso.

Mentira, não é o tempo que é insignificante diante das mudanças. É a idade. O tempo é fundamental de uma forma ou de outa.

De qualquer forma, Memória de Minhas Putas Tristes é um relato emocionante da delicadeza, do desejo e da impossibilidade (voluntária ou não). E o ciúme do que não se quer possuir, ou do que só se é capaz de se possuir sem ter posse, é o companheiro mais amargo que se pode ter.

Um clássico, uma obra linda que eu deveria ter lindo antes.

2 comentários: