domingo, 8 de maio de 2011

O Filho Eterno (Cristovão Tezza)

Uma das maiores angústias de qualquer pai (bom, não sei de qualquer pai, mas no meu caso foi) é a batelada de exames para se medir a saúde da criança ainda por nascer.

Obviamente é bastante melhor do que aquela situação de se esperar o inesperado como acontecia na época em que eu nasci e em que a primeira providência era conferir o sexo e contar dedinhos. Ainda assim, sobre cada exame paira o medo do problema fatal, da notícia ruim, de uma nova dificuldade que se apresente.

No caso da minha Sophia, graças a Deus, foi tudo absolutamente normal. Mas estas experiências marcam e mesmo agora, quando lá se vão quase 6 anos do nascimento, ler O Filho Eterno é como levar um soco no estômago.

O relacionamento do pai com o filho portador de Síndrome de Down é revoltante, comovente e completamente fora de clichês.

É leitura dolorida porque tem verdade, porque é crua, mas também porque é bem escrita e torna difícil não continuar lendo.

Bela obra que já me havia sido indicada por algumas pessoas e que recomendo a quem quiser uma experiência até certo ponto incômoda, mas extremamente proveitosa de leitura.

2 comentários:

  1. Li esse livro há 2 anos e sinceramente, não lia um livro tão bom há tempos! Tezza, se não me engano, ganhou o prêmio Jabuti com o livro. Ele tb está sendo considerado o melhor escritor brasileiro da atualidade... e pensar que o ignoravam completamente! Não vale a pena ler, vale a pena ter!

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  2. Ter eu não tenho mais, porque troco todos os meus livrosw por materiais de doação, mas concordo com você: um livraço!

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