Nunca havia lido Tolstói e me envergonho disso. Ainda mais que este livro tem duas histórias que mostram como o moço escrevia bem.
Mesmo A Felicidade Conjugal, que é uma história mais ingênua, mais simples, mais "parada", é escrita com tanta qualidade que não deixa nunca o leitor entediar-se.
Com O Diabo a coisa é diferente. Não dá pra parar de ler e a gente vai percebendo a evolução da obsessão de Evguêni sem nunca se adiantar aos rumos da narrativa. E o melhor, existe o final publicado e uma variação que chegou a ser cogitada pelo autor.
É verdadeiramente uma aula de narrativa e a prova de que não é preciso uma trama mirabolante para criar um texto atraente, bem escrito e capaz de resistir ao tempo.
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