Enquanto me arrasto por A Ilha do Dia Anterior, de Umberto Eco (mais por culpa minha do que do livro), resolvi não deixar isso aqui completamente às moscas e falar sobre algo que li já faz algum tempo: O Senhor das Moscas, de William Golding.
Poucas obras deixam tão claro o risco de acreditarmos no bom senso e na bondade intrínsecas ao ser humano, até porque em algumas pessoas ela simplesmente não existe.
A história do grupo de crianças que naufraga e se vê na improvável condição de criar suas regras e limites sem a presença de um adulto é aterrorizante na medida em que trata do ser humano como um animal domesticado que ainda tem dentro de si o irracional e o imperdoável.
Uma obra fácil de ler que constrói personagens de forma precisa e que nos presenteia com uma tensão que praticamente se pode tocar. Imperdível.
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