quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Queda (Diogo Mainardi)



Eu acho Diogo Mainardi um péssimo articulista. É um cara maniqueísta e incapaz de aceitar qualquer visão ou opinião que não seja a sua. Ainda assim, despi-me de todo o preconceito para ler A Queda, já que o livro fala sobre Tito, o filho mais velho de Diogo que tem paralisia cerebral.

Gostando ou não de Mainardi, o cara é inteligente e sabe escrever. Por isso, o livro flui muito bem e a forma encontrada para contar a história é bem bacana.

Só senti falta de uma coisa: emoção. Sei que alguns acham uma sacanagem comparar obras, mas perto de "O Filho Eterno", por exemplo, o livro de Mainardi vira uma coluna de Veja. Precisando escolher (o que você não precisa), fique com o Cristóvão Tezza.

Entendam, considero o livro uma boa leitura, mas achei que a fresta sobre as emoções humanas do autor poderia estar mais aberta. "A Queda", de qualquer forma, está longe de ser uma perda de tempo.


2 comentários:

  1. Maurilo, li os dois livros, em dois momentos muito distintos de minha vida. "O Filho Eterno" quando não pensava em ser pai e "A Queda" "grávido" (o que o faz parecer aterrorizante). É claro que estas "circunstâncias" influem na nossa percepção.
    Depois de ter lido "O Filho Eterno" assisti a uma premiadíssima peça inspirada no livro e - por incrível que possa parecer - gostei mais da peça (um monólogo).
    A aparentem frieza do Diogo Mainardi não me convenceu. Percebi paixão e emoção nas entrelinhas e o livro é inovador na forma. Óbvio que também fiz a comparação, mas cá entre nós: é bobagem comparar. Dois livros tocantes, dois depoimentos sinceros, de autores que viveram situações difíceis e que buscam superá-las com um sentimento que ainda não conheci.

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  2. É, Bruno, você realmente percebeu coisas no livro que eu não percebi. O que eu senti mesmo foi uma tentativa de ser blasé ao falar do assunto. Mas, como eu disse, vale a leitura e o Mainardi sabe escrever. O jeito, a forma de contar a história fazem com que ela flua bastante bem.

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