sexta-feira, 30 de março de 2012

O Romancista Ingênuo e o Sentimental (Orhan Pamuk)

Eu compro livros de diversas maneiras: porque me indicaram, porque li sobre eles, porque são clássicos, porque são de algum autor que eu conheço, porque são de algum autor que eu quero conhecer, porque li uma crítica interessante, porque são lançamento, pelo tamanho e até mesmo pela capa.

É difícil eu entrar em uma livraria sabendo exatamente o que eu quero. Normalmente me deixo levar pela prateleiras e, vendo um livro, desencadeio uma sequência de pensamentos e sentimentos que me leva às minhas escolhas naquele momento.

Por exemplo, se quero um livro para uma viagem de três dias, prefiro algum autor conhecido e um livro curto. Se é para as férias, posso escolher vários volumes ou uma obra mais encorpada. A partir daí, é o espaço da livraria que me conduz.

Com "O Romancista Ingênuo e o Sentimental" foi assim. Nunca havia lido Orhan Pamuk, embora já tivesse ouvido falar dele e de seus livros. Passei por uma seção com várias de suas obras e fui imediatamente atraído pela capa de "O Romancista". Livro curto, autor que queria conhecer, título interessante, vamos nessa.

Resultado? Fui enganado. Não era um romance ou mesmo um conto, como supus, mas um livro que fala sobre a arte de ler e escrever romances. A opinião de um escritor sobre a manufatura da literatura e o olhar do leitor sobre ela.

Foi um feliz engano. Uma obra gostosa, feita para quem é apaixonado pelos livros, seja escrevendo ou lendo.

Um texto com base, com referências e bom de se ler, capaz de fazer com que a gente pense um pouco mais sobre tudo aquilo que faz de um livro que gostamos, um livro que gostamos.

4 comentários:

  1. Realmente é muito curioso o que nos leva a ler/comprar um livro. Fiquei curioso por Pamuk, pois sempre tive muita vontade de conhecer a Turquia. Quando ele ganhou o Nobel, eu comprei o Neve e, confesso, me decepcionei bastante com a falta de foco da narrativa. Ao decidir visitar o país, li Istambul que comprei sem saber direito do que se tratava. Pensei que fosse um romance, mas era um livro de não ficção, tipo memórias, do autor e da evolução da cidade. Li antes de viajar e reli vários trechos depois de chegar e isso foi decisivo para fazer daquela cidade uma das minhas favoritas e uma das mais fascinantes!

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  2. Pô, Bruno, eu era tão afim de ler Neve... perdi o tesão agora.

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  3. Aconteceu o mesmo comigo, exatamente há duas semanas. Agora estou lendo "Neve", pois fiquei curioso para ver o Pamuk na prática.

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  4. Depois me conta o que achou, Vinicius, o Bruno aí de cima dos comentários me desanimou um pouco.

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