Como é bom ler as coisas de Drummond. Deixar-se levar por aquele leveza que encobre até a mais terrível das dores crônica após crônica.
Fazia muito tempo (tempo demais) que eu não lia Drummond e, após o "Fala, amendoeira", ficou a certeza de que isso não pode se repetir.
A poesia de um ovo de pato que se choca, um menino que brinca sozinha na rua - talvez abandonado pelo pai, os problemas com o abastecimento de água no Rio de Janeiro antigo, tudo se transforma em um pedaço mágico do tempo nas mãos de Drummond.
Acabei de ler e fiquei assim, bobo de ver como alguém que escreve tão bem consegue mudar nosso dia, nosso humor e nosso jeito de ver as coisas.
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